Marlene Pereira: "Acham que por participarmos nos ‘Morangos’ somos convencidos."
Jornal do Seixal – Com que idade começou a representar?
Marlene Pereira – Tinha 17 anos.
J.S. – E como é que tudo começou?
M. P. – Eu estou inscrita numa agência de modelos e eles é que arranjavam os “castings” para publicidade e televisão. Eu já tinha tentado várias vezes entrar nos “Morangos com Açúcar” porque queria mesmo fazer parte da série e depois fui a este “casting” e consegui ser seleccionada. Além disso, quando me inscrevi na agência tínhamos expressão dramática e fiz um curso.
J. S. – Como é que foi a experiência de participar nos “Morangos com Açúcar”?
M. P. – Eu deixei de aparecer mais ou menos há um mês, mas parei as gravações há dois meses. Foi uma experiência muito gira, das melhores que já tive na vida. Conheci imensa gente, fiz muitos amigos. Depois houve aquele choque de ser reconhecida na rua que é bom e mau ao mesmo tempo. É bom porque o nosso trabalho é reconhecido e é mau porque olham para nós e acham que por participarmos nos “Morangos” somos convencidos.
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J. S. – Interpretou o papel de uma jovem mal tratada pelo pai. Como foi dar corpo a esta personagem?
M. P. – No início foi mais difícil porque existiam situações em que a “Angelina” era agredida: foi pelo pai e pelo namorado. Na primeira parte não foi fácil mas depois como já “estava habituada” a reagir a esse tom, foi mais fácil.
J. S. – Neste momento está a fazer o quê?
M. P. – Estou a tirar a carta de condução, a trabalhar numa loja no Almada Fórum e, a nível de representação, vou começar ali no teatro em Paio Pires, na Sociedade 5 de Outubro, na peça “As Velhas Rabugentas” onde vou fazer o papel de “Ivone”, uma florista.
J. S. – Como é que entrou no elenco?
M. P. – A minha mãe viu o anúncio num cabeleireiro, eu fui fazer o “casting” e convidaram-me para ficar lá. Já fizemos uma pequena representação, mas os ensaios ainda não começaram.
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J. S. – Consegue conciliar a representação com a escola?
M. P. – Não deu. Eu ia para o 12º ano, ainda me matriculei, mas entretanto comecei a gravar. No primeiro mês só gravava às quartas-feiras, porque a minha personagem no início aparecia muito pouco, ainda dava para conciliar, mas depois comecei a gravar mais tempo e a faltar muito às aulas e fui obrigada a anular a matrícula. Este ano vou continuar o 12º ano.
J.S. – Na escola, como é que os outros alunos reagiram à tua participação na série?
M. P. – No início não ligavam muito, mas depois quando eu ia à escola ter com os meus amigos é que já reparavam e achavam estranho eu ir à escola.
J. S. – E a família, como reagiu?
M. P. – Os meus pais apoiaram-me porque já sabiam que eu queria isto. O meu pai não achou muita piada quando soube que eu ía sair da escola, mas de resto não houve problemas. Até acham bastante cómico quando me reconhecem na rua, sobretudo o meu pai porque como ando mais com a minha mãe ela já está mais habituada. Agora o meu pai quando vê, nos centros comerciais, as pessoas a virem ter comigo fica espantado.
J. S. – O que é que tem feito no mundo da moda?
M. P. – Tenho feito desfiles. Fiz a Moda Lisboa, há cerca de um ano e meio e faço vários desfiles dentro de agências em vários sítios de Portugal.
J. S. – Quais são os projectos para o futuro?
M. P. – Eu gostava bastante de continuar a trabalhar em televisão. Estou à espera que me convidem para fazer qualquer coisa e, entretanto, vou continuar no teatro da 5 de Outubro e a estudar. Se aparecer alguma coisa nova vou aceitar. Estou a pensar ir para o Conservatório.
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PERFIL
Nome: Marlene Pereira, tem 18 anos de idade é natural de Lisboa, mas vive em Amora. A sua formação escolar é ainda apenas o 11º ano, mas conta já com vários cursos e recursos, na arte de representar e comunicar com o público. Os Morangos com Açúcar, deram-lhe popularidade, mas o gosto pela representação levam-na a estar disponível para novos desafios e experimentar o mais varia do tipo de experiências. Agora no teatro amador, vai fazer parte da peça que Joel Lira tem em preparação na Sociedade Musical Cinco de Outubro, na Aldeia de Paio Pires. Pertence a uma família de duas irmãs, sendo os seus pais (profissão), com os quais conta incondicionalmente no apoio à sua paixão pelo palco e os ecrans. Tem ainda com hobies a moda e o voleibol fazendo parte da equipa federada de voleibol.