Helena Costa "Faço ouvidos moucos à competição"

Janeiro 21st, 2007 Colocado em Morangos

A trabalhar em dois projectos – a telenovela “Doce Fugitiva” e no musical “Morangos com Açúcar – Ao Ritmo da Amizade” (em digressão pelo país), Helena Costa, popularizada como Mónica, personagem da novela “Morangos com Açúcar”, explica como é integrar o mais recente “star system” nacional. Para cumprir o sonho da representação, esta nortenha de 24 anos teve de congelar a carreira de manequim e também o curso de Desporto e Aptidão Física. Para já, quer apostar na representação.

Deixou o anonimato quando começou a aparecer num dos produtos televisivos mais visto de 2006. Até ser conhecida como Mónica, a má da fita, entre os fãs de “Morangos com Açúcar”, muitos projectos locais marcaram a vida de Helena Costa. A infância viveu-a em Vizela. A adolescência foi passada entre Figueira da Foz e Coimbra. Lisboa é agora o local de residência da actriz, que também é manequim desde os 14 anos. Neste momento, integra o elenco da novela “Doce Fugitiva”, outra aposta da TVI para o horário nobre. Na sua geração de actores – muitos deles a darem os primeiros passos na ficção juvenil “Morangos” -, reconhece existir competição, embora, no seu caso, segundo diz, opte por converter esse tipo de comportamento numa máxima simples. “Em vez de competir, prefiro dar o meu melhor”, afirma.

Jornal de Notícias Os “Morangos com Açúcar” foram a primeira experiência como actriz?

Helena Costa Foram. Tinha o sonho de representar desde pequena e pedi à agência Elite, onde trabalhava como manequim, para fazer um “casting”. Foi assim que fui escolhida para os “Morangos”, tal como quase todos os actores com quem contracenei. Por essa razão, antes de iniciar as gravações, fizemos um mês intensivo de “workshops” de representação com a Maria Henrique, directora de actores dos “Morangos com Açúcar”. Aprendi muito.


O êxito dos Morangos é muito repentino. Muitos actores voltam ao anonimato após a novela. Como é gerir a responsabilidade da fama?

Estou em dois projectos e a responsabilidade é muita, por isso levo uma vida regrada. Dedico-me aos textos que tenho de estudar para desempenhar o papel de Patrícia na “Doce Fugitiva” e procuro chegar a horas para as gravações. Na peça, entrego-me totalmente em palco. Acima de tudo, procuro ser profissional no que faço.

É muito diferente trabalhar em televisão e no teatro?

Claro. No teatro, se nos enganarmos não podemos corrigir. Em televisão, podemos repetir as cenas até ficarem certas, o que não é tão “stressante”. No teatro, à medida que vamos actuando, aperfeiçoamos o texto e podemos interagir com o público.

Como é que se consegue conciliar papéis tão diferentes como a Mónica e Patrícia?

Basta concentrar-me e consigo distingui-las, até porque de manhã estou nas gravações como Patrícia e à noite na peça como Mónica.

Contracenar com actores de renome nacional é uma forma de aprendizagem?

É muito gratificante. Ensinam-me muito. Tiro partido de tudo o que dizem. Os profissionais mais experientes, os já vedetas, lembram-me sempre que um actor tem de ter muita paciência. É verdade há dias em que passamos 12 horas a gravar até as cenas ficarem perfeitas.

Por outro lado, como tem reagido ao assédio dos fãs?

Não são muito intrusivos, são calminhos, até. Quando têm atitudes atrevidas, tento lidar da melhor forma. Considero atrevido quando mandam bocas como “Olha a Mónica. És muito mazinha!”. As pessoas não nos deviam confundir com as personagens que fazemos. No papel de Mónica tenho mesmo de ser má; caso contrário, despediam-me por não estar à altura da personagem.

Há competição neste meio?

Um pouco, talvez entre os mais novos. Tento abstrair-me, porque a competição também significa intriga, e, por isso, faço ouvidos moucos. Em vez de competir tento, isso sim, dar o meu melhor.

Há tempo livre entre as gravações e a peça?

Os horários estão bem regulados, embora aconteça, por vezes, não ter uma folga por semana. O mais aborrecido é raramente conviver com a família, que está toda no Norte, enquanto faço a minha vida em Lisboa. Nas minhas folgas procuro ir ao teatro, fazer ginástica e ler livros. De momento estou a ler o “Diário de Anne Frank”.

O nome Helena Costa já está na “Wikipedia”(enciclopédia criada pelos internautas)?

Fiquei muito orgulhosa quando descobri que há alguém interessado em divulgar o meu nome.

E planos para o futuro?

Se não tiver propostas no final das gravações em Maio, quero tirar um curso intensivo de representação no estrangeiro. Em princípio será em Barcelona. Mas, até lá, muita água correrá.

Autora: Daniela Areia
Fonte: Jornal De Notícias

1 Comentário em “Helena Costa "Faço ouvidos moucos à competição"”

  1. suzy Says:

    ola, este blog esta muito engraçado!!! gostei mt!!!

    sobre a peça de teatro enconrei imensa informaçao neste site:

    http://tourneemorangos.optimus.pt/

    bjs



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