Morangos com Açúcar

Já começou a quarta e nova série de Verão de Morangos com açúcar na TVI e com ela a abertura de mais um sem-número de expectativas junto dos mais novos, concretamente dos adolescentes, que são, como se sabe, os telespectadores mais fiéis da série.

É claro que a fasquia dos Morangos com açúcar – Férias de Verão IV é bastante alta devido ao forte sucesso que as outras temporadas obtiveram e, por isso, a aposta da TVI parece continuar forte e a pretender acompanhar os hábitos dos jovens, neste período de férias que se aproxima.

Na opinião de Gabriela Alves, professora do ensino secundário num estabelecimento de ensino da área do Grande Porto, os “Morangos com açúcar” foram, principalmente no ano passado, “uma espécie de doença”.

Para esta docente, a série da TVI entrou completamente no quotidiano dos mais jovens, pelos menos no dos seus alunos. “Por muito que os professores tentem desvalorizar o efeito da ‘morangomania’, a verdade é que esse sentiu-se e muito. Nas minhas aulas, tive por duas ocasiões de fazer uma pausa e reflectir com eles o que se estava a passar em determinados episódios, porque o entusiasmo era tanto, que não conseguiam falar noutra coisa”.

Gabriela Alves considera no entanto, que o corrente ano tem sido mais calmo nessa matéria e que, “os alunos andam mais sossegados. Uma vez por outra falam de determinado personagem, mas a coisa fica por ali. Julgo que o entusiasmo passou, mas também já andam a falar na série de Verão. Já ouvi, vamos lá a ver o resultado”, acrescentou.

Ansioso por ver, aqueles corpinhos das beldades, de biquini na praia, está Tomás Henriques, de 15 anos que confessa não perder um episódio da série. Assume-se como fã de “Morangos com açúcar” porque acha que ela reproduz o que se passa “todos os dias com a malta da nossa idade. Quem faz aquilo sabe bem quais são os nossos hábitos, os sonhos e também os nossos problemas”.

Contrária a essa opinião está Raquel Ribeiro, de 14 anos, que admite “estar um pouco cansada da trama dos ‘Morangos’. No fundo, acho que a história se repete e por isso, já não a vejo como antigamente, gira tudo à volta do mesmo assunto…”.
Autor: Agostinho Santos
Fonte: Jornal de Noticias (JN)