Marisa Perez: “Não sou freira, gosto de namorar”

Agosto 7th, 2010 Colocado em Morangos

Marisa Perez

Aos 20 anos, a actriz e modelo foi convidada por Fátima Lopes para ser a relações públicas da discoteca Faces, em Vilamoura. Longe da televisão, Marisa tem aproveitado a experiência ao máximo para conhecer pessoas novas, numa altura em que está solteira e com vontade de viver o melhor da juventude.

– Neste Verão está a trabalhar como relações públicas do Faces, em Vilamoura. Como está a correr?

– Está a correr bem, estou a adorar. É mesmo muito giro. Farto-me de ver caras novas e bonitas.

– Trabalhar à noite não é, mesmo, um inconveniente?

– Nada, gosto muito. Já tinha tido uma experiência a trabalhar à noite, como barmaid, e ficou o “bichinho”.

– E enquanto lazer, costuma frequentar discotecas?

– Costumo sair muito. Se não sair agora com 20 anos, quando é que vou sair? Não tenho vergonha de trabalhar à noite, como muita gente tem. Cada vez mais a televisão e a moda estão relacionadas com a noite.

– Como se sente por ter sido escolhida por Fátima Lopes para ocupar esse lugar?

– Sinto-me muito orgulhosa. Espero nunca desiludir a Fátima. Gosto muito dela, damo-nos super bem. Já a admirava enquanto profissional antes de trabalhar com ela, agora acho-a ainda mais fantástica.

– É protegida por ela?

– Houve uma altura em que ela disse que era a minha mãe adoptiva. Quando não estou com os meus pais, ela protege-me imenso – e isso dá-me muita confiança. Mas também é a primeira a dar-me um raspanete e pôr-me no lugar. Diz-me quando estou mal e quando estou bem.

– Também lhe dá conselhos pessoais?

– Falamos como amigas. Fartamo-nos de rir. Esqueço-me de que ela é a patroa. Ela faz com que me sinta igual a ela.

– Considera-se a preferida da Fátima?

– Não. A Fátima gosta muito de nós. Cada uma ocupa um lugar diferente.

– Não há sentimentos de inveja entre as modelos?

– Não noto nada isso com as minhas colegas. Estamos contentes umas com as outras. Sinto carinho da parte delas. Somos como uma irmandade.

– Já foi acusada de ter uma atitude de superioridade no seu papel de relações públicas do Faces…

– Não sou nada convencida mas é lógico que tive de pôr um ar superior, porque tenho pessoas que me agarram, que me chamam. As pessoas, quando bebem, abusam muito. Aqui há muita gente nova. Foi uma defesa minha.

– Ouve muitos piropos?

– Lógico que sim, é bom sinal. E eu fico feliz quando é com respeito.

– Em relação aos rapazes, o facto de ser figura pública aproxima-os ou afasta-os?

– Há rapazes que olham para mim e não metem conversa, porque acham que não vão aguentar o barco; outros acham que conseguem e falam. Há várias vertentes.

– E a Marisa, sente-se de pé atrás quando se aproxima de alguém?

– Sinto. Tenho medo de me apaixonar por causa disso. Há tanta gente interesseira que penso: será que ele gosta de mim ou quer apenas aparecer?

– Já aconteceu esse último caso?

– Felizmente, não, mas já aconteceu a colegas minhas. Por isso, mais tarde ou mais cedo pode acontecer-me também.

– Em termos de televisão, está parada?

– Sim. Surgiu a hipótese de fazer uma curta-metragem mas ainda não sei nada em concreto.

– Como é que lida com as pausas entre um trabalho e outro?

– Assusta-me. Quando estou parada, começo a pensar que nunca mais vou fazer televisão e no que é que vou fazer daqui para a frente. Gostei tanto que não quero parar. Mas, por outro lado, também penso que somos muitos para a mesma coisa e não há espaço para todos.

– Ainda assim, está confiante em relação ao trabalho que faz?

– Confesso que me vou um pouco abaixo. Mas sinto orgulho naquilo que fiz. Dei sempre o meu melhor.

– Os dois projectos que fez em televisão fizeram-na perceber que é mesmo este o caminho que quer seguir?

– Sem dúvida. O facto de nos darem desafios ainda cativa mais. A primeira personagem que fiz era boazinha, a segunda era mais “saída da casca”.

– De repente, tornou-se figura pública. Como encara esse lado da sua profissão?

– Quando entrei, sabia que isso ia acontecer. Acho que não fomos preparados ao início para o choque que é. Tinha medo de falar com os jornalistas. Pouco a pouco, fui-me sentindo mais à vontade.

– Gosta da fama?

– Não posso ser hipócrita, tenho muitas regalias. Só há uma coisa que me faz muita confusão: é quando estou a comer em família e as pessoas vêm ter comigo. Adoro que falem comigo na rua. Mesmo quando me criticam, é sinal que me viram. Não se pode agradar a todos.

– Quando entrou em Morangos com Açúcar estava na escola secundária. Sentiu um grande impacto no seu meio social?

– Parei de estudar, porque gravava muitas horas e não dava. Depois acabei por mudar de escola e foi completamente diferente. Quando entrei já me conheciam por Marisa Perez, o meu nome profissional, e não por Célia. No primeiro dia de aulas assustei-me imenso.

– Isso significa que não a receberam bem?

– Foi estranho. Cheguei a uma escola onde não conhecia ninguém e estava toda a gente à minha volta a comentar. Pouco a pouco, foram-me respeitando e criei amizades.

– E os seus amigos de infância, como têm lidado com a Marisa Perez famosa?

– Acho que bem. Tenho uma personalidade muito forte, fervo em pouca água. Isso agravou-se um pouco mais por ter entrado entretanto na televisão, porque tive de aprender a não ser tão boazinha. Acreditava em tudo o que me diziam.

– As pessoas desiludiram-na?

– Comecei a perceber que as pessoas não são todas fantásticas e só me querem bem. Há muitas pessoas que nos querem mal. Quando saí dos Morangos, notei que as pessoas já olhavam para mim com um certo interesse. Tive que aprender a criar defesas, para não me deixar magoar.

– Qual é que foi o papel dos seus pais neste processo?

– Deram-me um apoio incondicional. Desde o momento em que surgiu o convite para entrar para os Morangos que me apoiaram. Nunca me vou esquecer de uma coisa que eles me disseram: “Para estudar tens muito tempo, oportunidades como esta não sabes.”

– Mas quando começou a sua carreira era muito nova…

– Era mesmo uma bebé. E pais são pais, claro que se preocuparam.

– Entretanto, continua com trabalhos na moda…

– Tenho trabalhado muito em moda, o que é muito bom. Tinha tantas saudades! Dá-me um prazer gigante. Sinto-me como um peixe na água…

– Há uns tempos, afirmou que gostaria de aumentar o peito quando tivesse um intervalo no trabalho. Mudou de ideias?

– Não. É uma coisa que quero fazer mas é algo que tenho vindo a adiar. Quando eu quiser, faço. O meu único receio é que engordo e emagreço muito depressa. Agora estou muito mais magra mas daqui a uns tempos posso engordar. Depois crescem-me as mamas, mais o silicone… É muito.

– Tirando isso, não mudaria mais nada no seu corpo?

– Não. Sinto-me bem como estou. Sinto-me no meu melhor a todos os níveis. Tudo me corre bem. Em termos de moda, estou melhor, porque emagreci bastante. É bom chegar a um sítio e dizerem-me que estou tão bem, tão saudável. Acima de tudo, sinto-me alegre.

– Essa mesma alegria prende-se com alguma paixão?

– Não, mesmo. Acabei um relacionamento há pouco tempo. Sinto-me muito bem comigo própria.

– Nunca apareceu publicamente com um namorado…

– Sempre disse que era a única coisa que nunca assumiria, pelo menos por enquanto. Na minha idade, num dia tem-se namorado, no outro dia chateamo-nos e já não temos. E depois tenho que ouvir falar nele a vida toda. Foi uma coisa que eu sempre preferi guardar.

– Então gosta de namoriscar?

– Claro. Não sou freira, se fosse não estava aqui. Tenho 20 anos. Adoro a forma como vivo a minha vida. Não sou menina de grandes maluquices.

– Sente vontade de se apaixonar?

– Não tenho vontade nenhuma. Sinto-me bem. Sentia falta de estar sozinha, tinha necessidade de ser só eu.

– Namorou durante quanto tempo?

– Durante ano e meio.

– Já superou o final da relação?

– Sim, damo-nos super bem. Chegámos à conclusão de que enquanto casal não funcionávamos. Temos maneiras de estar na vida diferentes.

– Vai continuar a estudar?

– Acabei o 12º ano agora e ainda não tenho a certeza daquilo que quero fazer. O curso que quero tirar, de educadora de infância, dura muito tempo e eu não me imagino a estudar tantos anos. Além disso, toda a gente me diz que tenho imenso jeito para a Comunicação Social, mas eu não percebo nada de línguas. Quero ter o mínimo de bases, porque esta vida é muito instável.

INTIMIDADES

– Quem gostaria de convidar para um jantar a dois?

– Se o Brad Pitt aceitasse o convite, teria todo o gosto em jantar com ele.

– Não consigo resistir a…

– …gelados. Se pudesse, comia todos os dias. Eu é que imponho limites a mim própria.

– Se pudesse, o que mudava em si, no corpo e no feitio?

– No feitio, gostava de ser menos orgulhosa. Em termos profissionais não me prejudica, até é bom. Talvez seja por isso que alcancei tantos objectivos. Com os amigos, acontece muitas vezes arrepender-me de coisas que digo. No corpo, gostava de pôr mais peito.

– Sinto-me melhor quando…

– …estou ao pé dos meus amigos e da minha família.

– O que não suporta no sexo oposto?

– Que sejam playboys, daqueles que usam camisolas justinhas e dizem: “Então, baby?”

– Qual é o seu pequeno crime diário?

– É um crime de Verão: ir para a praia e não pôr protector.

– O que seria capaz de fazer por amor?

– Quase tudo. Já me surpreendi a mim mesma.

– Complete. A minha vida é…

– …fantástica. Gosto de tudo o que faço.

PERFIL

Tem 20 anos e estreou-se como actriz aos 16 na série Morangos com Açúcar, da TVI. Seguiu-se Deixa Que Te Leve, no mesmo canal. É modelo da Face Models e actualmente é relações públicas da discoteca Faces, em Vilamoura, no Algarve.

Fonte: Correio da Manhã

1 Comentário em “Marisa Perez: “Não sou freira, gosto de namorar””

  1. RUI Says:

    keres namorar cmg



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