Paulo Rocha (Fred) – Morangos com açúcar tornaram-no conhecido
Jornal de Notícias| Apesar de ter participado antes em várias novelas, foi “Morangos com açúcar” que o tornou conhecido. Essa visibilidade pública tornou diferente o seu dia-a-dia?
Paulo Rocha| Como disse, eu já tinha participado noutras novelas, mas de facto, devido ao fenómeno dos “Morangos com açúcar” tornei-me muito mais conhecido. Mas isso não aconteceu só comigo, aconteceu com todos os actores dos “Morangos”. Agora, não posso dizer que a minha vida profissional e pessoal sofreram alterações. A única coisa que mudou foi, na realidade, as pessoas conhecerem-me na rua com mais frequência. Só isso, porque continuo a ser o mesmo.
A sua participação surgia mais insistentemente em novelas da TVI. Agora, vai aparecer na SIC. Porque aceitou o convite de Teresa Guilherme?
Bem, os meus contratos não são com as televisões, mas sim com as produtoras. Também já tinha feito novelas para a SIC. Quanto ao convite de Teresa Guilherme, aceitei-o porque foi aliciante, e porque o papel que me entregaram é fantástico e me entusiasmou bastante.
O papel que lhe entregaram em “Vingança” foi preponderante para aceitar este desafio?
Sem dúvida, o papel que me atribuíram é seguramente a melhor personagem que já tive na televisão.
Preparou-se, de forma especial, para este papel?
Não, preparei-me da mesma maneira. Os papéis têm de ter o mesmo empenhamento, agora a motivação, o gozo é que pode ser diferente.
O “Rodrigo Lacerda” é um homem apaixonado que integra um triângulo amoroso. É difícil fazer o papel de apaixonado?
Não, pelo contrário. É mais fácil trabalhar estando apaixonado por uma pessoa, pela vida ou por um carro. Julgo que o difícil é a interpretação de um personagem que personifica o que não se gosta, o que se detesta.
Tem alguma dificuldade em contracenar com colegas que tem, por exemplo, de beijar?
Não, de forma alguma. Sou actor e o meu trabalho exige muita concentração e não ligo muito se estou a dar um beijo ou não. Estou a trabalhar…
Muitos actores costumam “visionar” as séries que as televisões estrangeiras vão fazendo, nomeadamente, as séries americanas. Também costuma ver o trabalho dos actores estrangeiros?
Não, não. Em Portugal há boas séries e muito bons actores. Quem tem o privilégio de contracenar com grandes actores, como, por exemplo, Nicolau Breyner, não tem necessidade de ver as séries de fora. Não é preciso ir lá fora para se ver boa representação. Cá em Portugal temos bons actores e boas produções.
Fonte: JN